quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um conto de Natal cor-de-rosa


Um conto de Natal cor-de-rosa






Não sou princesa, mas súdita do castelo. Trabalho na cozinha cortando batatas. Um monte delas! Quando termino o serviço, vou até a floresta. Certo dia, caiu uma tempestade terrível e não pude retornar. Adormeci sob uma árvore frondosa. Estava com muito medo. Quem conhece os verdadeiros perigos das matas?
De repente, escutei um delicado barulho. Abri com cuidado os olhos e não acreditei no que via. Um cavalo cor-de-rosa, lindo! Com um olho azul e outro verde. Os cílios eram negros e longos. A crina prateada ia até o chão. Soltava leve fumaça branca e rosa pelas narinas, clareando o nosso redor. Levantei-me com certo receio. Ele se abaixou para que sentasse em seu lombo. Alguma coisa em meu coração dizia: vá com ele!
Galopamos até chegar a um reino todo rosa. Das chaminés das casas saíam fumaça rosa. As pedras do chão das ruas estreitas também eram de cor rosa. Paramos em frente a uma casa branca, a única do tal reino. Tinha janelas e porta de cristal e delas saíam estrelas.
O cavalo se abaixou para que eu descesse. Um velhinho de barba branca apareceu. Tinha o sorriso gostoso, bochechas cor-de-rosa. Pediu que entrasse. Parecia Papai Noel. Época de Natal. Quem sabe era ele? Levou-me até a imensa árvore de Natal – toda cor-de-rosa – e disse:
- Escolha um desses presentes para você.
Eram muitos e lindos, mas peguei uma luva rosa. Ele beijou com carinho minhas mãos todas cortadinhas, de tanto descascar batatas na cozinha do castelo. Levou-me até a saída e assobiou para o cavalo. Partimos.
Cheguei em casa e olhei os olhos do animal – um verde e outro azul, que me olhavam com ternura. Fiz carinho em sua crina e ele partiu. Nessa noite, bateu em nossa porta um empregado do rei. Veio convidar os plebeus para a festa de Natal do castelo. Fiquei em dúvida se ia, porque tinha vergonha de minhas mãos. Foi quando me lembrei das luvas cor-de-rosa. Poderia escondê-las usando-as.
Quando cheguei à festa, avistei o menino que amava desde pequena. Era filho do cavalheiro do rei. Imagine eu, pobre e com as mãos machucadas das facas da cozinha. Nem olharia para mim.
De repente, percebi um chamado:
- Vamos dançar?
Dançamos. Fomos até a varanda do castelo. Lá, ele pediu que tirasse as luvas. Tive medo que deixasse de gostar de mim quando visse que não tinha mãos bonitas. Mas quando percebi, já as tinha tirado. Olhou-me dizendo:
- Você tem as mãos mais lindas que já vi. Como as de princesa.
Meu espanto era enorme. Elas estavam lisinhas, sem os machucados. Rosadas.
Escutei um forte relincho, era o cavalo rosa. Olhava para nós, mas virou-se e partiu. Mais tarde soube que quando era potro, tinha vergonha por ser rosa e porque seus olhos tinham duas cores. Seu dono o expulsou do estábulo, com medo de ele assustar os marrons, pretos, brancos e malhados. Refugiou-se na floresta e o bom velhinho o adotou. Começou a ajudar as pessoas que tinham vergonha de si mesmas. Mostrar que quando se deseja fortemente algo pode-se transformar o mundo.
Naquela noite, em vez de pegar um presente caro, escolhi as luvas cor-de-rosa. Queria esconder minhas mãos. Mas ao mesmo tempo tive coragem de superar minha vergonha. Não deixar que o que me entristecia tomasse conta de mim.
Que um cavalo cor-de-rosa possa aparecer em sua vida. Mostrar o caminho da liberdade de seus medos. Quem sabe, no Natal, você escolha óculos que a deixem ver a vida mais amena? Ou sapatos que mostrem o caminho das nuvens? Mas dê sempre a preferência pelo tom rosa. Isso irá melhorar o seu estado de espírito e refazer sua alma.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A importância da amizade


A importância da amizade

Quantas amizades surgiram a partir de uma brincadeira de boneca? Parcerias que muitas vezes seguem pela vida afora. Amigos podem ser considerados a família que escolhemos ter. Por isso, uma amizade verdadeira é tão especial.
Segundo a psicóloga Graziela Cunha, a eleição de pessoas começa logo na infância. “Os grupinhos se fecham primeiro em meninos e meninas”, explica a especialista. Mas, com o passar do tempo, os clubinhos vão se mesclando e novas pessoas vão entrando em nossas vidas. “Isso não quer dizer que haja uma substituição dos antigos pelos novos amigos, mas sim uma “peneirada” nas relações, separando o joio do trigo”, compara Graziela. E, é claro, só permanecem os amigos verdadeiros.
Situações inusitadas também podem formar elos e garantir amizade para a vida inteira. Foi o que aconteceu com a publicitária Carla Moreira e a engenheira Bianca Souza. Carla, ainda adolescente, pegava todos os dias o mesmo ônibus para ir colégio. Bianca também. Um dia resolveram engrenar um papo e descobriram que estudavam no mesmo lugar. As conversas ficaram mais frequentes: passaram do ônibus para a escola, da escola para a casa das meninas, da casa para o shopping e pronto! Elas levaram a sério a música que diz que “amigo é coisa pra se guardar…”. Estava formada uma amizade que dura até hoje. E lá se vão mais de 30 anos. “Somos comadres e não há um dia sequer que não nos falemos”, conta Carla. E Bianca completa: “Jamais vamos nos separar. Somos como irmãs e uma sabe tudo sobre a vida da outra. Não dividimos a infância, mas temos toda a vida para aproveitarmos juntas”, diz.
Feliz de quem tem um amigo de fé, irmão, camarada! Estar junto de pessoas que te fazem bem e são capazes de dividir momentos bons e ruins é especial. E a fórmula adotada por Carla e Bianca é a que mais dá certo. Uma amizade verdadeira não se forma de uma hora para outra: tem que deixar nascer, alimentar a cumplicidade, fazer crescer a confiança. Depois de sólida, nada abala.
O amigo real pode estar distante fisicamente, mas mora no coração e está junto com você, o tempo inteirinho. É especial, é ímpar. “É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, suas alegrias e medos. É alguém por quem a gente vibra, torce e sabe que a recíproca é verdadeira”, observa Graziela Cunha. Amigos estão juntos nos bons e nos maus momentos. Eles dão asas aos nossos sonhos e puxam a gente para o chão quando estamos sem rumo.
Amigo é aquele que toca na sua ferida porque sabe que vai ser importante, mesmo que te faça sofrer. “Não tentamos florear situações e nem dar razão à outra todo o tempo. Se não concordamos, se achamos que algo não é legal, falamos abertamente. Amigo é aquele que quer o bem. Então, se estou vendo que ela está indo por um caminho errado, faço questão de opinar e deixar muito claro o meu ponto de vista. Às vezes precisamos de uma sacudida”, explica Bianca, que, mais jovem, já resgatou a amiga de algumas roubadas e emprestou-lhe o ombro por horas a fio. Coisas de meninas…

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Feliz Dia das Crianças


Feliz Dia das Crianças

Além de presentear os pequenos, não podemos esquecer de aproveitar e participar intensamente do Dia das Crianças. Para ajudar a montar a programação e curtir o seu filhote, veja algumas dicas.
* Brinque ao ar livre: parques, zoológicos e fazendinhas são excelentes locais para piqueniques, pega-pega e corrida de saco, entre outros. Corra, pule, jogue. Seja participativa.
* Invente jogos: estimule seu filho a criar, montar e inventar regras. Deixe a criatividade rolar solta.
* Cinema e teatro: existem diversas opções de peças e filmes intantis para todas as idades. Prepare a pipoca e divirta-se!
Você sabia?
O Dia das Crianças no Brasil foi “inventado” por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 20. Mas a data só começou a ser realmente comemorada a partir de 1960, depois de uma campanha feita pela fábrica de brinquedo Estrela em parceria com a Johnson & Johnson.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mundo de Barbie


Mundo feminino, mundo de Barbie

Toda mulher sabe ser múltipla. Podemos ser executivas, médicas, professoras, esportistas, surfistas, mães, filhas, esposas, românticas… Seja qual for nossa formação, vocação ou estilo, as inúmeras performances femininas mostram que a Barbie sempre nos representou. Em 50 anos, vimos muitas mulheres em uma só boneca. Mais do que isso: vimos nossos sonhos e realizações materializados por ela.
Barbie é referência de uma mulher que não teme se assumir. Admira roupas, maquiagem, acessórios e tudo que nos faz mais bonitas. Ela demonstrou que ser contemporânea não significa abrir mão da feminilidade. Pelo contrário. Barbie é um marco da mudança do comportamento feminino e da sociedade. Mulher moderna pode - e deve - ter diversos papéis, facetas, perfis… dar vazão aos instintos e valor aos sentimentos.
Hoje, a mulher não precisa mais optar por ser amada ou amar o trabalho, ter filhos ou ter carreira, ser bonita ou inteligente. Chegamos à conclusão de que podemos tudo. Desejamos tudo. Renunciamos à renúncia. Descrobrimos, ao longo dessas cinco décadas - juntamente com a Barbie -, quem somos e o que desejamos ser. E queremos ser felizes.
Trabalhar, mas cuidar dos filhos. Ganhar dinheiro, ter sucesso e também ter prazer em cozinhar para a família. A felicidade está na plenitude. Está na liberdade de seguirmos a vida conjugando os verbos ser e estar da forma que queremos, no tempo que precisamos.

Estamos sempre atrás de desafios. Ultrapassando limites, sejam físicos ou conceituais. Para toda mulher, barreiras servem para serem quebradas diariamente. É difícil aceitar um não como resposta. Somos assim no amor, na profissão e com nós mesmas. A esperança e o otimismo motivam esse ser único, que é a mulher.
O mundo de Barbie é rosa, romântico, sensível e delicado. Ao mesmo tempo, empreendedor, aventureiro, dinâmico e ousado. Nele, meninas brincam e aprendem a ser mulheres - um perfeito paralelo com o universo feminino, em que mulheres aprendem que nunca perdem a sua essência de menina.